A Ressurreição de Jesus


A ressurreição de Jesus é o evento chave da doutrina cristã e sua teologia. De acordo com o Novo Testamento, Jesus foi crucificado, morreu, foi sepultado em um túmulo, e ressuscitou três dias mais tarde (João 19:30-31, Marcos 16:1, Marcos 16:6). O Novo Testamento também menciona várias aparições de Jesus ressurrecto em diversas ocasiões aos seus doze apóstolos e discípulos, incluindo os "mais de quinhentos irmãos de uma só vez" (1 Cor. 15:6). (Wikipedia)

O Cristianismo começou como um movimento de ressurreição. Como já destaquei, não há evidência de uma forma de Cristianismo primitivo na qual a ressurreição não fosse a crença central, como se fosse acrescentada ao Cristianismo à força. A ressurreição era a força motora central, dando forma ao movimento inteiro. Em especial, podemos ver entretecida na teologia cristã mais antiga que temos – a de Paulo, é claro – a crença de que a ressurreição tinha em princípio acontecido e que os seguidores de Jesus tinham de reordenar suas vidas, suas narrativas, seus símbolos, e sua praxis de acordo (ver, classicamente, Rom. 6:3-11).


A Ressurreição de Jesus – Essencial à Fé Cristã
A ressurreição de Jesus dos mortos é tão essencial à fé Cristã quanto a Sua morte na cruz. Paulo escreve em sua primeira carta aos Coríntios: "Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras;que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Coríntios 15:3-4). Paulo enfatiza a importância da Ressurreição com essa afirmação: "E, se Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não são ressuscitados" (1 Coríntios 15:14-15).

A Ressurreição de Jesus – Um evento histórico?
Então, é a ressurreição de Jesus dos mortos um evento histórico? A ressurreição de Cristo é um fato proclamado nos quatro Evangelhos, assim como em todas as correspondências antigas. Se essas obras são os documentos históricos que clamam ser, então são uma testemunha do evento histórico. De acordo com a avaliação de Aristóteles, esses documentos estão de acordo com os critérios para que possam ser considerados históricos. No entanto, por descreverem eventos milagrosos, não são reconhecidos pela sociedade secular como um testemunho válido. Como então podem essas narrativas ser validadas? Duas perguntas precisam ser feitas. Primeiro, os autores dessas obras literárias desonram seu trabalho, ou suas vidas dão credibilidade ao seu testemunho? Segundo, as reconhecidas autoridades históricas corroboram essas narrativas?

A Ressurreição de Jesus – O testemunho dos discípulos
Os homens que acreditaram na ressurreição de Jesus dos mortos, conhecidos hoje como os Discípulos de Jesus, certamente concordariam que suas convicções e testemunho foram testados por aqueles que não acreditavam. Com a exceção de João, todos esses homens foram colocados à morte. Essas mortes foram tão excruciantes e violentas quanto suas vidas, pois esses homens foram perseguidos pelo mundo secular e sofreram grandes provações por proclamar o Evangelho. Paulo descreve em sua segunda carta aos Coríntios: "dos judeus cinco vezes recebi quarenta açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha raça, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos;em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez" (II Coríntios 11:24-27). Paulo foi decapitado depois de sofrer em um calabouço romano por muitos anos. Sua morte foi bem menos brutal do que as dos seus companheiros, pois ele era um cidadão romano e eles não. Esses homens acreditaram que o Senhor permitiu que sofressem grandemente por um motivo, já que não há melhor evidência de sua sinceridade e da veracidade de sua mensagem do que sua tolerância e perseverança sem qualquer esperança de uma recompensa terrena. Eles poderiam ter escapado tal tortura e humilhação se tivessem renunciado à Ressurreição de Cristo. Esse era o objetivo dos que os tormentavam. No entanto, nenhum deles cedeu aos seus perseguidores, e isso é evidência dramática contra a crença de que houve uma teoria da conspiração.


A Ressurreição de Jesus – Perseguição
Em 115 D.C., o historiador romano, Cornélio Tácito, descreveu o sofrimento dos cristãos primitivos nas mãos dos seus torturadores. O imperador Nero, para poder expandir o território do seu palácio, causou incêndios em certas partes de Roma. Esses incêndios ficaram fora do controle e chegaram a ser conhecidos como “O Grande Incêndio de Roma”. Ele então culpou os Cristãos por esse incêndio e deu início a uma onda de perseguição por todo o Império Romano. Apesar do violino não ter sido inventado até alguns anos mais tarde, foi esse evento que deu início ao ditado: "Nero tocava violino enquanto Roma queimava". Tácito escreve: "Consequentemente, para livrar-se do relato de que Nero tinha ordenado o incêndio, Nero transferiu a culpa e infligiu as mais violentas torturas à classe odiada por suas abominações, os Cristãos. Christus (Cristo), de quem o nome Cristão se originou, sofreu grande penalidade durante o reinado de Tibério, nas mãos de um dos seus procuradores, Pôncio Pilatos, e uma superstição perversa se espalhou não só na Judeia, a primeira fonte do mal, mas até em Roma, onde todas as coisas repugnantes e vergonhosas de todas as partes do mundo encontram o seu centro e se tornam popular.

Consequentemente, todos os que confessaram ter culpa foram presos; então, baseado em sua informação, uma grande multidão foi condenada, não tanto pelo crime de incendiar a cidade, mas por ódio contra a humanidade. Mangação de todo tipo foi adicionada às suas mortes. Cobertos com a pele de animais, eles foram dilacerados por animais e pereceram, ou então foram pregados a cruzes, ou foram castigados às chamas e queimados ainda vivos para servirem de iluminação noturna, quando o sol já tinha se posto. Nero oferecia seus jardins como um espetáculo e exibia um show no circo, enquanto ele se misturava com as pessoas vestido de cocheiro de carruagem, ou apenas em pé, um tanto distante, em uma de suas carruagens. Por conseguinte, até por criminosos que mereciam punição extrema, havia um sentimento de compaixão, pois estavam sendo punidos não pelo bem da maioria, mas para alimentar a crueldade de um só homem."

A Ressurreição de Jesus – Autoridades Históricas
A ressurreição de Jesus e/ou perseguição dos Seus seguidores foram bem documentadas fora da Bíblia pelas seguintes autoridades históricas: Gaio Suetônio Tranquilo, Flávio Josefo, Talo, Plínio o Jovem, Justino Mártir, Tertuliano e o Sanedrim judeu. Além desses historiadores antigos, há documentos de outras fontes, tais como as do satirista grego do segundo século chamado Luciano.

A Ressurreição de Jesus – Decisões individuais
Os homens que testemunharam a ressurreição de Jesus fizeram isso com suas vidas. Seus testemunhos, além da evidência bastante convincente apresentada pela Bíblia (como as profecias), inspiraram milhões a seguirem seus passos – sofrer perseguição e morte nas mãos de um mundo descrente pelo conhecimento de que Jesus Cristo é o Filho do Deus Poderoso. Pelo conhecimento de que a Bíblia já predizia que Jesus viria à terra para morrer pelos nossos pecados centenas de anos antes do Seu nascimento milagroso. De que Ele morreu na cruz e ressuscitou. De que Ele se apresentou a centenas de discípulos antes de ascender aos céus. De que Ele retornará novamente no fim dos tempos. Esses homens não proclamaram o seu amado Evangelho com palavras apenas. Eles usaram suas próprias vidas para transmitir essa mensagem. Isso, juntamente com a profecia detalhada e evidência convincente do túmulo vazio, adicionam provas às suas afirmações. Portanto, toda a humanidade tem a oportunidade de aceitar ou rejeitar a Ressurreição baseada em suas próprias convicções. Não é por uma falta de testemunhas do evento, nem por falta de evidência.

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